Fabaceae

Swartzia arborescens (Aubl.) Pittier

LC

EOO:

5.215.762,166 Km2

AOO:

356,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Detalhes:

A espécie não é endêmica do Brasil (Flora do Brasil 2020 em construção, 2020). No Brasil, apresenta distribuição: no estado do Acre — nos municípios Mâncio Lima, Plácido de Castro, Porto Valter, Rio Branco e Xapurí —, no estado do Amapá — nos municípios Macapá e Serra do Navio —, no estado do Amazonas — nos municípios Barcelos, Careiro, Coari, Itapiranga, Manacapurú, Novo Airão, Manaus, Manicoré, Maraã, Novo Aripuanã, Presidente Figueiredo, Rio Preto da Eva, São Gabriel da Cachoeira e Tabatinga —, no estado do Mato Grosso — nos municípios Alta Floresta, Apiacás, Aripuanã, Barão de Melgaço, Colider, Colíder, Novo Mundo e Paranaíta —, no estado de Minas Gerais — no município Além Paraíba —, no estado do Pará — nos municípios Almeirim, Altamira, Belém, Belterra, Bragança, Itaituba, Jacareacanga, Juruti, Melgaço, Moju, Óbidos, Oriximiná, Rurópolis e Santarém —, no estado de Rondônia — nos municípios Ariquemes, Campo Novo de Rondônia, Costa Marques, Machadinho d'Oeste, Porto Velho, Primavera de Rondônia e São Miguel do Guaporé —, e no estado de Roraima — nos municípios Alto Alegre e Boa Vista.

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2020
Avaliador: Gláucia Crispim Ferreira
Revisor: Mário Gomes
Categoria: LC
Justificativa:

Árvore não endêmica do Brasil (Flora do Brasil 2020 em construção, 2020). Popularmente conhecida por Moirá Jibóia preta no Acre, foi coletada em Floresta de Igapó, Floresta de Terra-Firme e Floresta de Várzea associadas a Amazônia nos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Rondônia e Roraima. Apresenta distribuição ampla, constante presença em herbários, inclusive com coleta recente, e ocorrência confirmada dentro dos limites de Unidades de Conservação de proteção integral e em áreas onde ainda predominam na paisagem extensões significativas de ecossistemas florestais em estado prístino de conservação. A espécie ocorre em múltiplas fitofisionomias de forma frequente/ocasional na maior parte das localidades em que foi registrada. Adicionalmente, não existem dados sobre tendências populacionais que atestem para potenciais reduções no número de indivíduos maduros, além de não serem descritos usos potenciais ou efetivos que comprometam sua perpetuação na natureza. Assim, foi considerada como Menor Preocupação (LC), demandando ações de pesquisa (distribuição, tendências e números populacionais) a fim de se ampliar o conhecimento disponível e garantir sua sobrevivência na natureza.

Último avistamento: 2018
Possivelmente extinta? Não
Severamente fragmentada? Desconhecido

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Descrita em: Journal of the Washington Academy of Sciences 11(7): 157. 1921. Popularmente conhecida como moirá jibóia preta no Acre (Flora do Brasil 2020 em construção, 2020).

Ecologia:

Substrato: terrestrial
Forma de vida: tree
Longevidade: perennial
Biomas: Amazônia
Vegetação: Floresta de Igapó, Floresta de Terra-Firme, Floresta de Várzea
Habitats: 1.6 Subtropical/Tropical Moist Lowland Forest
Detalhes: Árvore com até 20 metros de altura. Frutos maduros de cor vermelha; casca marrom escura com fissuras verticais ocasionais; entrecasca laranja; madeira branca resistente. Corola amarela, estame verde claro, flores de coloração amarelada.
Referências:
  1. Flora do Brasil 2020 em construção, 2020. Swartzia. Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio Janeiro. URL http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB23181 (acesso em 18 de maio de 2020).

Ameaças (1):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 3.2 Mining & quarrying habitat past,present,future national very high
A mineração representou 9% do desmatamento na floresta amazônica entre 2005 e 2015. Contudo, os impactos da atividade de mineração podem se estender até 70 km além dos limites de concessão da mina, aumentando significativamente a taxa de desmatamento por meio do estabelecimento de infraestrutura (para mineração e transporte) e expansão urbana (Sonter et al., 2017). De acordo com Veiga e Hinton (2002), as atividades de mineração artesanal também têm gerado um legado de extensa degradação ambiental, tanto durante as operações quanto após as atividades cessarem, sendo um dos impactos ambientais mais significativos derivado do uso de mercúrio no garimpo de ouro.
Referências:
  1. Sonter, L.J., Herrera, D., Barrett, D.J., Galford, G.L., Moran, C.J., Soares-Filho, B.S., 2017. Mining drives extensive deforestation in the Brazilian Amazon. Nat. Commun. 8, 1013. https://doi.org/10.1038/s41467-017-00557-w
  2. Veiga, M.M., Hinton, J.J., 2002. Abandoned artisanal gold mines in the Brazilian Amazon: A legacy of mercury pollution. Nat. Resour. Forum 26, 15–26. https://doi.org/10.1111/1477-8947.00003

Ações de conservação (2):

Ação Situação
5.1.2 National level needed
A espécie ocorre em território que poderá ser contemplado por Plano de Ação Nacional (PAN) Territorial, no âmbito do projeto GEF Pró-Espécies - Todos Contra a Extinção: Território Vale do Paraíba - 30 (MG).
Ação Situação
1.1 Site/area protection on going
A espécie foi registrada nas seguintes Unidades de Conservação: Área de Proteção Ambiental da Região Metrolpolitana de Belém (US), Área de Proteção Ambiental de Presidente Figueiredo - Caverna do Moroaga (US), Área de Proteção Ambiental Margem Esquerda do Rio Negro-Setor Aturiá-Apuauzinho (US), Floresta Estadual do Trombetas (US), Floresta Nacional de Caxiuanã (US), Floresta Nacional de Tapajós (US), Parque Estadual Serra do Aracá (PI), Parque Nacional da Amazônia (PI), Parque Nacional da Serra do Divisor (PI), Parque Nacional do Juruena (PI), Reserva Biológica do Uatumã (PI), Reserva Extrativista Chico Mendes (US).

Ações de conservação (1):

Uso Proveniência Recurso
9. Construction/structural materials natural stalk
Usualmente as espécies do mesmo gênero são utilizadas para fins como embutimento, piso em parquet, tornearia, móveis, redes de cabines, arcos para violino, itens especiais, e foi sugerido como um substituto para o ébano (Tropical Plants Database, 2020).
Referências:
  1. Tropical Plants Database, 2020. Swartzia arborescens. Ken Fern. tropical.theferns.info. URL tropical.theferns.info/viewtropical.php?id=Swartzia+arborescens (acesso em 18 de maio de 2020).